A teologia liberal infiltrada na igreja contemporânea

O maior perigo dessa nova religião, travestida de teologia liberal, é justamente sua "aparência" com o cristianismo ortodoxo. De forma sorrateira, se infiltra pela ignorância de muitos crentes. Percebo que muitas vezes a porta de entrada é a frustração com algum aspecto eclesiástico, e na tentativa de superar tais dificuldades, alguns acabam descambando para uma completa distorção do evangelho, esvaziado de significado e ligação com o propósito original da igreja.
Acredito que no Brasil, tal movimento, ainda que atrasado, se comparado com o avanço no resto do mundo, tem ganhado força devido a crise de discipulado que as igrejas enfrentam e também devido a circunstância sócio-político-ideológica instaurada na mídia, nos meios acadêmicos e na sociedade em geral. Não é a toa que ideologias políticas que são tradicionalmente contrárias a religião e até mesmo a Deus, encontram mais espaço para dialogar com cristãos inclinados ao liberalismo teológico. Desta forma pautas que historicamente foram sempre abraçadas pela religião e pela igreja, como o cuidado com os pobres e a luta pela igualdade acabam sendo sequestradas e usadas contra a ortodoxia, favorecendo e tomando como correto, aquilo que as Escrituras tem como abjeção.
E é disso que vemos surgir propostas hermenêuticas perigosas e incautas, que propõem a atualização dos escritos sagrados, partindo do pressuposto de que a Bíblia não é a palavra de Deus, mas tão somente a contém, podendo ser relativizada conforme a interpretação de quem a lê. Em última análise, quando tudo torna-se a palavra de Deus, nada mais é a palavra dEle.
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